A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou na manhã desta quinta-feira (09), a Operação Hypnos, para o cumprimento de ordens judiciais relacionadas com a investigação de um suposto esquema na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), no ano de 2021.

Na operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, dois afastamentos cautelares de exercício da função pública, um mandado de prisão preventiva, além do sequestro de R$ 1.000.080,00, que recaiu sobre o patrimônio de duas pessoas e da empresa, investigados por suspeita de participação no esquema.

Na residência do alvo principal foi apreendido aproximadamente R$ 30,9 mil em dinheiro.

Investigações

Relatórios de auditoria da Controladoria-Geral do Estado apontaram indícios de desvios de recursos públicos na ECSP e, a partir disso, foram constatadas diversas irregularidades em alguns pagamentos, na ordem de R$ 1 milhão.

Segundo a investigação da Deccor, esse dinheiro pode ter sido desviado dos cofres da saúde pública do município de Cuiabá e teria sido direcionado de forma indevida em plena pandemia de covid-19.

As apurações apontam que, em tese, foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa que, segundo levantamentos realizados, seria composta por pessoas que não teriam condições de administrá-la, bem como não possuiria sede física no local informado em seu registro formal.

Essas evidências podem demonstrar tratar-se de uma empresa fantasma, cujos sócios administradores seriam laranjas.

Ainda, os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam chegado a dar entrada no estoque da ECSP.

Nome da Operação

Hypnos faz referência a um medicamento Midazolan, que é indicado para insônia.

Fonte: Midianews